RePública Em Ação

Debatendo temas sobre Relações Públicas

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE DIRETRIZES CURRICULARES DAS RRPP

Atento às transformações da sociedade, o Ministério da Educação decidiu promover a revisão participativa das diretrizes curriculares nacionais – DCN do curso de Relações Públicas, com o propósito de sintonizar a formação do RP às exigências da contemporaneidade.

A Comissão de especialistas em RP, constituída pela Portaria Sesu Nº 595/2010 por Margarida M. Krohling Kunsch, Paulo Roberto Nassar de Oliveira, Márcio Simeone Henriques, Cláudia Peixoto de Moura, Maria Aparecida Viviani Ferraz, Ricardo Ferreira Freitas, e Esnél José Fagundes, para subsidiar este Ministério nessa importante e urgente tarefa, deliberou em sua 1ª reunião, realizada em 28/06/2010, promover audiências públicas para escutar a sociedade civil, a academia, o segmeto de mercado específico dessa área e entidades que representam essa categoria profissional.

O Sistema CONFERP tem acompanhado o trabalho da Comissão de Especialistas e procurado contribuir com as discussões. Desta forma, o CONRERP 6.ª Região reforça nesta oportunidade o convite à participação dos profissionais feito pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação para a próxima audiência pública, que será realizada no dia 14 de outubro de 2010 em Manaus/AM, das 9 às 12:30 horas no seguinte endereço: Auditório Paulo Burnhein – Setor Sul da Universidade Federal do Amazonas(Mini-Campus); Av. General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Campus Universitário, Coroado I – Manaus/AM.

6 de outubro de 2010 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Comunicação Interna Apresenta Diversidade de Posicionamento Hierárquico nas Organizações

O desenvolvimento da área de comunicação interna nas organizações brasileiras demonstra uma diversidade de pontos de localização na divisão hierárquica para o tema. Ora vinculado à Marketing, em outros momentos agregado ao setor de Recursos Humanos ou ainda consolidado em estrutura independente, afora os diferentes níveis de intimidade e influência na gestão estratégica, em geral este desenho diz muito sobre o estilo do trabalho a ser desempenhado e mesmo sobre a interpretação do negócio em relação ao fator humano na movimentação da engrenagem produtiva e relacional. Todas estas possibilidades estiveram presentes na 4ª edição da Conferência de Comunicação Interna da International Quality and Productivity Center/IQPC para trocar experiências. O evento aconteceu nos dias 24 a 26 de agosto de 2010 no Blue Tree Faria Lima em São Paulo/SP, e mostrou que não existe determinação de manual, pois cada empresa ou instituição acompanha um grau próprio de postura dialógica e de atribuição de importância ao pensamento neste universo de atuação. Parece haver ao menos um ponto em comum: quanto maior o investimento em CI e mais próxima esta equipe estiver da tomada de decisões relevantes, mais fluido e maduro fica o relacionamento entre as pessoas no ambiente de trabalho.

A compatibilidade de percepções dos colaboradores e dos públicos externos sobre determinada organização é a grande missão da comunicação interna, com impacto no comprometimento e na qualidade dos produtos e do negócio. Esta é a visão expandida da coordenadora de Comunicação Corporativa do Grupo Petrópolis (detentor de marcas como a cerveja Itaipava e o energético TNT), Eliana Cassandre, que gere três mil funcionários em quatro unidades. São três pessoas na área, antes executando funções dentro de um setor de Recursos Humanos. Neste formato, o entendimento é que a reputação é o guia da ação, atuando como geradora de links. A sequência de encontrar o caminho, descobrir o público, definir a linguagem e escolher os canais para então viabilizar a comunicação continua importante, mas vem sendo cada vez mais abreviada pela urgência ou sobrecarga de demandas, num contrasenso com a constatação de que “se não gerar conhecimento, não há comunicação”.

Desde o início dos trabalhos, Eliana aponta que foi buscado o foco a partir da expectativa dos pares internos, para depois haver desenvolvimento de cenários, respectivas mensagens e estratégias. Conversas com gestores, visitas às unidades, definição de políticas e procedimentos estiveram entre os passos tomados para chegar na elaboração de um plano e na determinação de canais de interface. Além de jornal, folder institucional, jornal-mural, intranet, programa de visitação Beer Tour, foi implementado um projeto de informação variável nos fundos de tela de todos os monitores. Outras novidades foram a produção de um relatório de desempenho social, com investimentos realizados em 2009 como o projeto Área de Mobilização Ambiental feito nas comunidades, e um treinamento sobre comunicação corporativa para gestores. Suas novas frentes de trabalho são gerenciamento de crise, implantação de um painel eletrônico de informações e um programa de incentivo à inovação. A coordenadora aponta alguns mitos que envolvem a área, como a noção de que todos os colaboradores sabem o que é comunicação interna, o que nem sempre acontece, assim como a ideia de que o setor de CI é responsável por toda a comunicação. Ela ainda assinala que a crença de que basta comunicar e tudo se resolve é uma falácia, porque nem sempre existe a apreensão da mensagem transmitida.

Caio Mandolesi, coordenador de Comunicação Institucional, e Rosana Spezia, coordenadora de Recrutamento e Comunicação Interna da WEG – fabricante brasileiro de motores, energia, automação e tintas com 20 mil funcionários em diversos países, iniciaram falando da divisão de atribuições na companhia. Comunicação institucional cuida do Museu Weg, de patrocínios e da comunicação externa, e a Comunicação Corporativa trata de clima, comunicação interna, recrutamento e responsabilidade social. A ideia, de todo modo, é de uma atuação compartilhada, com reuniões semanais multidisciplinares para aproveitar as expertises internas. Há uma prática de instaurar grupos de endomarketing, com voluntários que tenham forte liderança em suas áreas, independente da formação, para captar pautas localizadas e fontes de informação e pesquisa, atuando como multiplicadores. Eles tornam-se intermediários ativos na montagem das ações escolhidas, com maior tendência de acerto do setor formal da Comunicação. O trabalho é baseado em cinco pontos em linguagem informal, explicados pelos executivos: gente é que faz; não adianta falar, tem que fazer; brigar faz bem; sempre dá para melhorar; e criatividade faz economia. Tudo é amparado pela visão de mundo dos fundadores, e foi destacada uma frase de Eggon João da Silva: “se faltam máquinas, você pode comprá-las. Se não há dinheiro, você toma emprestado. Mas homens você não pode comprar, nem pedir emprestado. E homens motivados por uma ideia são a base do êxito”.

Entre os projetos da Weg mostrados, está o Livro Livre, um programa sócio-cultural voluntário onde alunos da rede municipal de ensino são incentivados a doar materiais recicláveis em suas escolas para ganhar um livro de literatura. O que é coletado é vendido para recicladores, gerando renda para aplicações diversas. Os livros, editados pelo Instituto Evoluir, são inéditos, de diferentes gêneros e foram escritos por autores da região, formando uma coleção dividida por faixas etárias. A previsão é distribuir 130 mil unidades, e até agora mais de 70 toneladas de lixo já foram recebidas de 10 mil crianças mobilizadas. Mandolesi ainda explicou o projeto de comemoração de 50 anos da empresa em 2011, e entre as ações haverá uma homenagem para 250 funcionários que marcam 25 anos de trabalho. Uma fusão em processo com o então maior concorrente da Weg é outro ponto, trazendo os desafios da disseminação da cultura (pessoas, processos, clientes, fornecedores e comunidade integrados).

Também do ramo de bebidas, o coordenador de Comunicação Interna do Grupo Schincariol Fabio Monfrin tem o desafio de articular pensamentos e ações para quase 10 mil funcionários em 14 unidades espalhadas pelo país, afora distribuidores e unidades administrativas. Seu foco no evento foi tratar dos formatos de CI para sustentar objetivos estratégicos, como valores e visão. O setor está vinculado ao segmento de Desenvolvimento Humano e Organizacional. A Schin divide os valores em três pilares – pessoas, serviço e resultado, numa mudança cultural iniciada em 2008 com a ideia de mostrar a força da marca e o foco do cliente a partir de uma excelência operacional e de serviços. A experiência acaba expondo a diferença entre empresa que visa ao lucro e empresa que busca geração de valor, já que foco no cliente traz sensação de servidão a demandas, com postura mais reativa, e foco do cliente é a perspectiva de atingir as aspirações deste cliente, numa atuação proativa.

Entre os trabalhos desenvolvidos pela área no grupo está o mapeamento de campos de valor junto a cada stakeholder, o que faz ruir a divisão entre comunicação interna e externa. Num primeiro raio estão colaboradores, acionistas e terceiros, chegando depois a clientes, concorrentes, revendas, fornecedores e comunidade, para então acionar Governos, imprensa, associações e organizações não-governamentais. Até 2012 foram feitas algumas priorizações, mas com esta intenção de integralidade. Neste sentido, já foram implementados alguns formatos de informação e relacionamento, como a revista mensal Novas, que tem editoria que ressalta a história da corporação em cada cidade para justamente instigar a integração de perspectivas e também traz, em todas as matérias, um link a respeito do valor da companhia que está sendo expresso e reforçado. O portal interno Conexão Schin tem atualização diária e contagem acurada de interações (cliques, comentários), com editorias divididas segundo os três valores, oferta de um fórum de boas práticas, histórico de clipping, funcionalidade de gestão e com perfis de atualizações específicas descentralizadas entre alguns setores. O espaço digital contém ainda o “Blog do Presidente”. Já os jornais-murais espalhados nas unidades dão privilégio para informações locais, e o disparo de emails corporativos busca aproveitar o imediatismo em questões de relevância e viabilizar níveis de confidencialidade da informação circulante. O executivo destaca também o +Schin, uma mídia de banheiro que funciona como suporte de oportunidade para campanhas de endomarketing, afora a realização de diversas campanhas internas de orientação e incentivo, como um game sobre valores corporativos. Foi mostrado na ocasião o detalhamento do case de lançamento da Cerveja Devassa para os funcionários, com diversas peças de mobilização, curiosidade e descontração – além da prioridade na informação.

Depois de apresentar um panorama das mídias e processos de interação no grupo, Monfrin comentou que, entre os desafios da comunicação interna, estão a implantação de um mural eletrônico, uma atuação mais forte em mobile e a ampliação de acesso ao portal Conexão Schin. O planejamento estratégico busca incentivar a capacitação de lideranças, finalizar a definição de políticas e procedimentos na comunicação integrada, reestruturar os canais e colaborar na construção da cultura organizacional. Uma série de indicadores de avaliação está em andamento, como pesquisas de clima e reputação, formatação de índice de eficácia da comunicação e também monitoramento da satisfação de clientes.

RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674

Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas (www.mundorp.com.br)

25 de setembro de 2010 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Relações Públicas e o relações-públicas

Recebi o texto abaixo do meu grande amigo Marcelo Pinheiro. Acredito que seja interessante compartilhar com todos.

Por Por Paulo Nassar*

A sociedade em rede exige cada vez mais o profissional com múltiplas competências

Muita pesquisa e discussão em todo o mundo são feitas para responder “onde trabalha o profissional de Relações Públicas?”, “qual o cotidiano desse profissional?”, e, também, no ambiente corporativo global, “o que são as Relações Públicas?”.  Mais de 60 organizações profissionais internacionais e brasileiras têm se dedicado a debater o assunto. Em junho foi realizado, em Estocolmo, na Suécia, o 6º Fórum Mundial de Relações Públicas. No final, o Acordo de Estocolmo foi consolidado com o objetivo de articular e estabelecer o papel das relações públicas e da comunicação na organização comunicativa em uma sociedade em rede, que se transforma rapidamente no ambiente digital. A Aberje, única representante do Brasil, participou da construção documento.

O cotidiano do relações-públicas é território de grande abrangência e convergência. Ao examinar os documentos produzidos nesses debates ao redor do globo, pode-se dizer que esses pr ofissionais exercem suas habilidades nas áreas de serviço, indústria, agronegócio e governo. Tratam de assuntos públicos, lobbying e comunicação digital. Têm especialidades como comunicação interna, estratégia, branding e comunicação de marketing, gestão de crises e da reputação organizacional, relacionamento com a mídia, e gestão de eventos. Para atender as necessidades das organizações e aconselhar a gestão frente às demandas da sociedade e redes de públicos, devem ter habilidades de comunicação verbal e escrita, competências para analisar o ambiente organizacional nas dimensões de passado, presente, tendências futuras, planejar, coordenar, agir, controlar os processos. Além dos conhecimentos intrínsecos de relações públicas, são necessários conhecimentos de marketing e finanças, negociação, resolução de conflitos, facilitação, liderança, pensamento crítico e visão internacional. É importante também entender de economia e ciê ncias políticas, porque as organizações são condicionadas ao que acontece nesses campos.

A formação acadêmica é ampla. Muitos têm qualificação, por exemplo, em ciências sociais, artes, história, antropologia, engenharia, farmácia, filosofia, psicologia. Os graduados em relações públicas convivem com profissionais diversos, oriundos de áreas de comunicação, ciências humanas, exatas e biológicas, entre outras.

No Brasil, o ambiente de trabalho do relações-públicas acompanha o internacional Em 2009, o Instituto FSB Pesquisa publicou o Mapa da Comunicação Brasileira. Nele, a formação dos gestores da comunicação empresarial era: 29% jornalistas; 14% publicitários; 20% administradores; 9% relações-públicas; 5% marketing e 23% outras. Nos órgãos públicos, 75% jornalistas; 5% publicitários; 5% relações-públicas; 5% marketing e 10% outras.

*Paulo Nassar, < /span>Professor Doutor da ECA/USP e diretor-geral da Aberje

14 de setembro de 2010 Posted by | Uncategorized | , , | 1 Comentário

Comunicação Interna Enfrenta Desafio de Divulgar Valores e Estratégias

Fica cada vez mais distante o cenário onde setores de comunicação interna de organizações eram simples atendentes de demandas de outras áreas, em processos pontuais de transmissão de informação no ambiente de trabalho. Com um renovado status de consultoria estratégica, as equipes agora estão empenhadas na difícil tarefa de comunicar valores e promover um alinhamento verdadeiro de expectativas e discursos. Numa época em que as pessoas lutam cada vez mais por seus direitos e pelo pleno atendimento de suas demandas, dentro e fora do universo profissional, vê-se o grande desafio que há pela frente. Esta pode ser uma das conclusões diante das realidades de mais de 18 organizações nacionais e multinacionais presentes na 4ª edição da Conferência de Comunicação Interna da International Quality and Productivity Center/IQPC. O evento aconteceu nos dias 24 a 26 de agosto de 2010 no Blue Tree Faria Lima em São Paulo/SP, reunindo cerca de 100 participantes de vários locais do país.

Carmem Murara, gerente de Comunicação Institucional da Rede Paranaense de Comunicação/RPC, falou do desenvolvimento e implementação de plano de estruturação da área de comunicação com base nos conceitos de missão, visão e estratégias empresariais. Para ela, o trabalho envolve uma ênfase na visão humanística, com a convicção de que a personalidade pode e deve ser continuamente aperfeiçoada como perspectiva da busca da excelência humana e do desenvolvimento de uma postura mais solidária e menos individualista. Até o final de 2008, apesar de representar uma empresa de comunicações, não existia o setor formalmente na estrutura, apenas como um grupo multissetorial voluntário formado por jornalistas e com enfoque transmissor de novidades ou “furos”, sem o embasamento institucional progressivamente requisitado. Além disto, Carmem entende que este profissional não tem no DNA os processos necessários de gestão, para além das técnicas comunicacionais. E foi com esta perspectiva que a gerência foi estruturada dentro da Diretoria de Marketing Corporativo, pensando em informar, envolver, engajar e reconhecer, numa integralidade de intenções que viabiliza a satisfação.

Mas claro que todas as incumbências não cabem à Comunicação como departamento formal. A ideia é incentivar uma liderança colaborativa que acabe facilitando o alinhamento de princípios. Para tanto, a base está no estímulo ao diálogo e o foco está na conquista do colaborador como defensor da marca. O desafio era sair da compreensão de divulgador de notícias para disseminador de estratégias, mudando do caráter reativo para uma ação proativa e focada no planejamento. “Não é ser entregador de produtos, mas sim ser proponente de relações”, arremata. Afinal, há um ciclo de valor a ser considerado, onde satisfação dos colaboradores gera produtividade e dá resultados ao negócio, com influência na fidelidade e lealdade do cliente externo. O trabalho enfatiza o funcionário como um agente de mudanças, ativo na geração, recebimento e difusão de informações. A intenção a longo prazo é criar a percepção de marca, onde a comunicação interna procura ficar na interface entre o nível empresarial e o nível pessoal-humano de cada membro. A gerente entende que o sucesso também depende do nível de envolvimento do CEO, porque é preciso persistência para quebrar paradigmas, ao mesmo tempo em que transmitir e comunicar valores e a cultura depende do empenho deste comando.

Os desafios na francesa Saint-Gobain Abrasivos também são grandes. A coordenadora de Treinamento e Desenvolvimento Cinthia Escudero e a analista de Comunicação Interna Natália Gobbo comentam a dificuldade de apropriação pelo funcionário quando sua produção não é visível e não tem conhecimento público, como no caso dos abrasivos. Há uma dificuldade de criar valor porque, embora sejam feitos mais de 10 mil itens distintos, quase sempre este resultado do trabalho está incorporado em produtos de outras empresas. Em 2009 especialmente, devido à crise nas vendas e às consequências imediatas de corte de pessoas, diminuição de salários e redução de jornada, tudo se acirrou quanto ao trabalho sobre auto-estima e motivação. Foi criado um Comitê de Comunicação Integrada para dar suporte à equipe de três pessoas na área formal de Comunicação, tendo sido nomeados correspondentes em cada unidade, chamados de Focas (Foco em Comunicação Aberta). Uma das primeiras estratégias foi criar uma campanha interna de apresentação de cada bem produzido, sempre estrelada por algum membro da equipe de cada fase produtiva. O esclarecimento de setores internos ainda foi buscado com visitações a fábricas, com uma estrutura de atendimento que envolvia entrega de camisetas, brindes e certificados, conduzida pelo Gerente Industrial. O programa Crescendo e Integrando fez a relação da empresa com filhos de funcionários, com palestras, animação com personagem e almoço com os pais no refeitório, viabilizando um conhecimento mais detalhado do ambiente de trabalho.

Foram testados ainda novos formatos de interação, como um relatório social para fixar internamente a relevância comunitária da organização, o Café com a Diretoria para aproximação e uma campanha de coleta e divulgação de histórias de vida ligadas à empresa. Fortalecimento da presença e da força mobilizadora do gestor foi outra ação, adotando uma postura de transparência em todos os atos administrativos. Buscando efeito integrador, foram criados o Coral CantAbrasivos, o Dia da Responsabilidade Social com ações diversas escolhidas em cada unidade, e o Clube da Melhoria com incentivo à proposição de ideias.

ON E OFF LINE – Na Brasilprev, são cinco frentes de trabalho para comunicação interna: mídias, comunicação face-a-face, campanhas sociais, ações em datas especiais e festas tradicionais. Na empresa, comunicação e estratégia andam juntos numa Superintendência. A gerente de Comunicação Cinthia Spanó falou sobre vários canais em operação, e suas remodelações frente a uma nova dinâmica e perfil dos colaboradores, e demonstrou a importância de um encontro presencial, que dura quatro horas e é multitemático, como formato mais eficiente para alinhamento da estratégia com diferentes níveis da equipe. Há algumas atrações acessórias para garantir atenção, como um talk-show com Sergio Groismann e show do Nando Reis, ou então um game liderado pela Família Schürmann para falar sobre trabalho em equipe ou esquetes e uso de aparelhos para votações instantâneas. O projeto Gestão 100% também tem este propósito, com apresentação pelo presidente da empresa em sessões mensais de 30 minutos sobre assuntos mais relevantes. Ela mostrou vários índices de satisfação de funcionários com a comunicação, em seus meios e processos de interface, e manifestou o entendimento de que a comunicação informal pode ser uma oportunidade, e não somente crise como comumente interpretado.

Para dar um contraponto, mostrando a complexidade sobre a determinação de formas de contato com o público interno, a communication manager da consultoria Ernst&Young, Rejane Rodrigues, falou especificamente de um projeto de captação de candidatos para programa de trainee 2010, baseado na internet. Lá, a comunicação interna começou como área integrada ao setor de Comunicação e Gestão de Marca, na ideia de alcançar uma unidade de discurso e alinhar identidade e imagem. Aliás, é exatamente o estilo da equipe que tem levado à remodelação dos canais, com planos editoriais melhor estabelecidos e que viabilizem uma comunicação de mão-dupla num enfoque colaborativo. O perfil mais escolarizado só reforça o afastamento da visão sobre as pessoas como agentes passivos ou acríticos. A empresa mantém uma universidade corporativa de êxito, a ponto de ser atrativo para novos talentos, e “se somos uma empresa de inteligência, precisamos prezar isto”, reforça Rejane. A Campanha Fator Y foi feita nas redes sociais e por um hotsite agregador, disponibilizando conteúdos na linguagem audiovisual e com contação de histórias dos líderes atuais ou sócios que tenham iniciado como estagiários. Foram 71 mil visitas e 13 mil seguidores no Twitter para 350 vagas, tendo rendido mais de 60 reportagens em meios convencionais de comunicação.

RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674

Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas (www.mundorp.com.br)

14 de setembro de 2010 Posted by | Uncategorized | | Deixe um comentário

Por Que é Importante ser RP? Por Greice Ferreira

Assessora Executiva do Instituto Floresta Tropical - IFT

Atualmente uma das maiores discussões sobre a gestão nas organizações gira em torno da eficácia dos seus modelos de gestão atuais, considerando a aplicabilidade e a convergência de suas técnicas para a participação das pessoas como recurso primordial no alcance de resultados. Neste cenário o profissional de Relações Públicas possui um importante papel nos processos estratégicos das organizações, pois possibilitam a consolidação de processos de gestão, sendo essencial na aplicação e no desenvolvimento da inteligência organizacional.

9 de setembro de 2010 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Sustentabilidade em Eventos Deve ser Compreendida de Modo Sistêmico

É falando em sustentabilidade em eventos como algo sistêmico e com gestão realizada com compromisso e responsabilidade em todas as fases e processos que o administrador André Dornelles tem conquistado plateias e aproximado mais um setor de negócios da tripla visão de perenidade e eficiência, articulando olhares econômicos, sociais e ambientais. E foi assim que ele causou impacto junto a mais de 150 profissionais de comunicação, marketing e organização de eventos, reunidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial/SENAC no lançamento de parceria com a Associação de Marketing Promocional/Ampro no dia 12 de agosto de 2010 no Senac Consolação.

Administrador de empresas, consultor especializado em sustentabilidade e leis de incentivo fiscal e sócio-diretor de planejamento da empresa Apó Soluções Consultoria e Comunicação, Dornelles está há 12 anos neste enfoque de formatação de marcas sob a inspiração da sustentabilidade. Já realizou projetos especiais para organizações como Banco Bradesco, Petrobras, Mercedes-Benz, Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura Municipal de São Paulo, Pirelli, Unesco e TAM. Para o especialista, não há nada mais agressivo que a postura do mercado em trabalhar com uma espécie de obsolescência planejada na produção e uma obsolescência perceptiva na comunicação e no design. Por isto, ele fala em atitude sistêmica, significando a abrangência de determinados princípios em todos os atos organizacionais, como redução da pobreza, busca de qualidade de vida, poupança de recursos naturais, destinação correta de resíduos e produção limpa. A intenção é esclarecer sobre a aplicação permanente do ciclo repensar, reduzir, reutilizar e reciclar, sendo que para tanto é necessário mudar a gestão sustentável para a própria vida das pessoas, antes de desejar qualquer transposição e conscientização corporativas.

A tarefa é difícil para todos os segmentos, porque envolve sair de uma zona de conforto e despertar para novas experiências e compartilhamentos. Segundo Dornelles, é exatamente a instauração de novos hábitos no mercado de organização de eventos que ele procura trazer à tona para criar uma nova cultura. E complementa: “é uma programação mental que precisa ser superada”, nem que seja acelerada pelo viés econômico: a sustentabilidade aumentando como influenciadora de compra. Eventos sustentáveis são aqueles que, necessariamente e de modo continuado, aplicam, em sua gama de processos e atividades, os princípios da sustentabilidade na concepção, preparação, organização, realização e pós-evento, atendendo a preocupações sociais, ambientais e econômicas. O consultor lista 10 orientadores no tema: compra consciente, minimização de resíduos, economia de água, eficiência energética, prevenção da poluição, conservação da biodiversidade, combate à pobreza e inclusão social, participação e comunicação, monitoramento e acompanhamento, e ainda garantia do legado positivo da sustentabilidade.

Este conjunto de perspectivas deve ser empregado para diversas áreas de atuação em eventos, como transportes e viagens, local do evento e hospedagem, bebidas e comidas, marketing e publicidade, brindes e merchandising, eventos paralelos, energia, água e saneamento, aquisições e bens de consumo e materiais e resíduos. A escolha dos fornecedores vai acabar sendo pautada por estes impactos.

NORMA ISO – Para mostrar que a discussão não está restrita ao país ou representa uma intenção esparsa de alguns profissionais, Dornelles falou da edição de uma norma internacional de qualidade. O Brasil e o Reino Unido, representados respectivamente pela Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT e pela British Standards Institute/BSI, estão dividindo a liderança da elaboração de uma norma sobre sustentabilidade na gestão de evento, que deve levar a numeração ISO 20121 – Sustainability in Event Management. A publicação está prevista para janeiro de 2012, ano em que Londres sediará os Jogos Olímpicos. A realização de eventos como conferências, concertos, competições esportivas e festivais trazem uma série de benefícios sociais, econômicos e culturais. Ao mesmo tempo, a organização destes eventos pode gerar desperdícios consideráveis e causar impactos negativos ao meio ambiente. A nova norma fornecerá uma estrutura que envolverá o planejamento do evento, a definição do local para a sua realização, o padrão de funcionamento, meios de transporte, e o gerenciamento de fornecedores de serviços e insumos. Os primeiros passos no desenvolvimento da Norma Internacional já foram dados, baseados em dois documentos ingleses, e a estrutura conta com participantes de 30 países. A Comissão de Estudo Especial de Sustentabilidade na Gestão de Eventos na ABNT foi instalada em dezembro de 2009.

RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674

Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas (www.mundorp.com.br)

9 de setembro de 2010 Posted by | Uncategorized | , , , , , , | Deixe um comentário

Revista Organicom Chega ao Número 12 Falando Sobre Ouvidoria

Recebi este informativo e achei muito interessante para quem quer publicações consistente sobre os temas de comunicação corporativa e relações públicas.

A edição número 12 da Revista Organicom – Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas – já está em circulação com o tema “Ouvidoria e Comunicação”. Essa edição traz um completo dossiê sobre o assunto, acrescido de diversos depoimentos, pesquisas, resenhas e uma entrevista tornando-se leitura essencial para aqueles que desejam encontrar abordagens consistentes e variadas que tanto contribuem para o aperfeiçoamento de estudantes, acadêmicos e profissionais da comunicação.

“O que é um ouvidor? E um ombudsman?”. Questões como essas são levantadas logo no editorial da revista e junto a uma série de artigos o tema é aprofundado estabelecendo conexões entre o trabalho da ouvidoria e o trabalho das Relações Públicas e da Comunicação Organizacional, propondo uma correlação entre os dois saberes. Além disso, a edição também discute relações multidisciplinares: Ouvidoria e pedagogia, sociologia, administração, psicologia social, marketing e direito, as quais são áreas que interagem de forma direta ou indireta para a construção de sentido no ambiente organizacional.

Sob a coordenação de Luiz Carlos Iasbeck, em 205 páginas totais, o número 12 traz uma entrevista exclusiva com João Elias de Oliveira, ex-presidente da Associação Brasileira de Ouvidores ABO, artigos de Marlene Branca Sólio, Asdrúbal Borges Formiga Sobrinho, Rosana Nantes Pavarino, Rosa Mirah Araújo Gomes, Valéria de Fátima Raymundo e Denize Aparecida Guazzelli; depoimentos de Cristina Ayoub Riche, Carmem Lúcia de A. Calado, Juan José Dutto, Luis Narciso Bork Veja, Neiva Renck Maciel e Krystian Complak; pesquisa de Marlene Marchiori, Cleusa Maria Scroferneker e Chussely Souza Lima e resenhas de João José Azevedo Curvello, Valéria de Siqueira Castro Lopes e Backer Ribeiro Fernandes.

Sobre a Revista Organicom

A publicação tem periodicidade semestral e é lançada numa parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP, o curso de Especialização de Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas/GESTCORP do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da ECA-USP e a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas – Abrapcorp.

Dirigida pela Profa. Dra. Margarida Maria Krohling Kunsch e editada pelo Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias, surgiu no segundo semestre de 2004. Desde então, traz artigos, depoimentos, resenhas, entrevistas e pesquisas de especialistas conceituados nacional e internacionalmente – tanto do mercado como do meio científico – visando enriquecer as discussões das áreas de Relações Públicas (RP) e Comunicação Organizacional (CO). A cada número, publica um dossiê temático que se converte em uma significativa contribuição para estudantes, pesquisadores e profissionais. Os textos são, em geral, resultantes de pesquisas na universidade, apresentados em uma linguagem acessível para a sociedade. Seu projeto editorial reúne contribuições de estudiosos e especialistas brasileiros e também de outros países.

Como adquirir ?

Os exemplares da Organicom podem ser adquiridos por meio de assinatura ou aquisição de edições avulsas válida para todo o território nacional.

A assinatura pode ser:

Anual – 2 exemplares – R$ 60,00 + taxa do correio de R$24,00

Bianual – 4 exemplares – R$ 120,00 + taxa do correio de R$48,00

As solicitações devem ser realizadas pelo e-mail assinaturas@revistaorganicom.org.br, com Carolina Modesto.

1 de setembro de 2010 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Influência, Confiança e Engajamento Integram a Nova Ordem da Comunicação

Os perfis no Facebook definiram um novo modelo nos relacionamentos entre empresas e seus clientes, permitindo que o marketing personalize as experiências com os produtos. Essas ações são potencializadas com a “transferência de confiança” que as mídias sociais também proporcionam. A recomendação ou a crítica a um determinado produto entre membros de uma mesma comunidade pode ser um elemento decisivo nas decisões de compra. Entre os motivos do Facebook tornar-se um modelo de identidade digital está na configuração aberta que permite transitar dados pré-cadastrados em outros canais ou agregados em widgets. Estas foram as impressões principais comentadas por Clara Shih, autora do livro “The Facebook Era” e fundadora/CEO da Hearsay Labs, especializada em soluções de gestão e métricas corporativas em redes sociais. Ela fez parte de um time de especialistas convidados para falar no  Digital Age 2.0, realizado nos dias 18 e 19 de agosto de 2010 no Sheraton WTC Hotel em São Paulo/SP.

Para Clara, o Twitter e o Facebook são novos modelos de comunicação, dentro da noção de “uma confiança transitiva que facilita para atingir pessoas e para interagir com marcas”. A indicação é escutar cada vez mais para poder compreender as pessoas, e para tanto é preciso uma presença digital diversificada. Nos casos de sucesso de marketing social apresentados, as empresas se dedicaram a escutar seus públicos e praticar ações especificas por segmento (hypertargeting). O hiperfoco é aproveitar a possibilidade de forte direcionamento a nichos, numa diversidade de cruzamento de dados para personalizar mensagens e proposições de experiências. Ela também chama atenção sobre a relocalização de websites de pequenos negócios, que encontram um complemento de visibilidade no Facebook, com suas páginas de divulgação com facilidade e agilidade de atualização de conteúdo, e também sugere distribuição de aplicativos úteis como meio de propagação e engajamento e lançamento de games sociais como proposta de marca.

Andrea Harrison, vice-presidente da Razorfish, responsável pela divisão de Social Influence Marketing e especialista em inteligência competitiva sobre mídias sociais e mercados verticais, tem posições semelhantes à de Clara. Com o caráter “open graph”, mais de 360 mil sites aceitaram adotar plugins ou aplicativos sociais, fazendo com que o marketing seja sinônimo de envolvimento e dê ênfase a questões de socialidade. As relações são o foco e a plataforma em si já gera significado. Deve haver uma integração de capacidades, como mídia e boca-a-boca, na ideia de adquirir e reter pessoas em torna de uma visão de mundo. A co-criação é outra potencialidade neste panorama, como demonstrou o pioneiro Starbucks Idea, que já implementou diversas alterações em processos e produtos a partir das indicações de usuários. Harrison comenta que marketing de influência é mais do que boca-a-boca, porque pressupõe uma tentativa de fazer eclodir e sistematizar as conversações. Um dos caminhos é a instauração de plataformas sociais próprias de marcas, e não uso de ambientes abertos como Orkut e Facebook.

VOTE – Shiv Singh, diretor de mídia social e engajamento digital da PepsiCo Americas, esteve no segundo dia do Digital Age 2.0 com a palestra “PepsiCo junta consumidores, redes sociais e a internet das coisas”. Para as mais de 500 pessoas que acompanham o evento, contou como a empresa desenvolveu a campanha “Pepsi Refresh World”, trabalho que foi reconhecido pela revista Forbes como uma das cinco maiores ações feitas em redes sociais do ano. Nos últimos sete meses, a campanha dispôs, mensalmente, 1,3 milhão de dólares para causas sociais nos Estados Unidos. Para isso, a PespiCo criou um portal onde as pessoas podiam votar e escolher o destino da doação. Foi buscado endosso de celebridades das artes e dos esportes para o trabalho.“Tem muito mais valor criar algo que tenha impacto significante nas comunidades. Essa ação foi muito mais que uma campanha, foi um comprometimento”, disse Singh. Segundo ele, no período, 120 mil ideias foram apresentadas, foram contabilizados 41 milhões de votos e 3,2 milhões de usuários registrados.

Na mesma linha, mostrou a “The Flavour Campaign – Dew Mocracy”, da bebida Mountain Dew, para estímulo à participação, à co-produção e à decisão. Na ação, as pessoas escolhiam um novo sabor, num processo que evidencia uma das principais habilidades das mídias sociais: despertar a apropriação e o comprometimento de um consumidor que passa a se sentir dono do produto. Ele sugere uma remodelação das agências de comunicação, que normalmente saem de um briefing, chegam num conceito e depois partem para a aplicação em cada tipo de canal, a partir de fornecedores ou equipes específicos. O modelo do futuro seria criação integrada da ideia, com todos os expertises na mesma mesa e instante, depois escolhendo os melhores executores. “Há um embaçamento de fronteiras entre as diferentes agências”, resume. Singh ainda falou que, em breve, as agências vão precisar de um novo tipo de profissional, o CMTO (Chief Marketing and Technology Officer), executivo que combina marketing e tecnologia. Afinal, os consumidores estão cada vez mais segmentados, com seleção diferente de canais preferidos e hobbies. O crescimento da mídia social é evidente também por isto, e multiplica as possibilidades de envolvimento de marcas com pessoas.

O tempo das pessoas como mídia já teve seu boom, na opinião do consultor, e agora está sendo trabalhado um cenário em que objetos serão mídia, com a supremacia da multiplataforma e da mobilidade. Esta disponibilidade 24 horas é o caminho para efetivos programas de lealdade. Segundo ele, “o digital é onde as pessoas compartilham seu amor, em relações contínuas”, e por isto postula a criação de franquias digitais com projetos que tenham extensões ao longo do tempo, mantendo a mobilização, variando os estímulos e gerando consumidores que passem a conquistar outros consumidores. O executivo mostrou o sucesso do serviço “Strickybits”, um aplicativo para celulares que possibilita escanear produtos e transmitir informações sobre o mesmo para o consumidor. “Em 1996, a internet virou mídia. Em 2001, foram as buscas; em 2005 as pessoas; em 2007 as atualizações. Hoje, os objetos é que são mídia”, disse ele.

RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674

Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas (www.mundorp.com.br)

30 de agosto de 2010 Posted by | Uncategorized | , , , , , | Deixe um comentário

Fazer RP É …

Lú Hage

… desafiar os limites do quadrado. Ficar atento as novas possibilidades e não desprezar os novos caminhos apresentados, enfim, fazer RP é saber usar todas as ferramentas da comunicação da melhor forma para alcançar os objetivos planejados. Simples assim, não?!!! (risos)

25 de agosto de 2010 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Novo Marketing é Relações Públicas


Quando se começa a ler os conceitos fundamentais da área de relações públicas, uma das habilitações dentro do universo acadêmico da Comunicação Social, é possível deparar-se com todas as previsões de futuristas e especialistas de mídias sociais. O lado social das marcas, os novos modelos de interação, a co-criação e a co-produção e outras variantes colaborativas estão no escopo de RP. Isto ficou ainda mais claro com palestra do norte-americano Brian Solis na quarta edição do Digital Age 2.0, realizado nos dias 18 e 19 de agosto de 2010 no Sheraton WTC Hotel em São Paulo/SP, ainda mais quando ele começa dizendo: “há uma nova métrica no marketing, chamada engajamento, a obtenção do envolvimento das pessoas”. Para ele, “não é o que você diz que conta, mas é a experiência que as pessoas contam que interessa”.

Presidente da FutureWorks, Solis é especialista em convergência de PR, Mídia e Social Media. É também colunista dos blogs TechCrunch (http://techcrunch.com) e Mashable (http://mashable.com) e autor do livro Engage!, que trata sobre mídia social  e o trabalho de Relações Públicas das empresas. Além disso, é cofundador do Social Media Club e membro do Media 2.0 Workgroup, além de manter o blog http://www.briansolis.com . “O desafio das agências de relações públicas não é diferente do desafio de todas as agências de comunicação, incluindo marcas, publicidade e marketing. O futuro está na capacidade de reconhecer e priorizar os canais de maior importância, aliada à aptidão para conectar os principais pontos entre as marcas, os consumidores e os indivíduos que influenciam as tendências e a tomada de decisões”, disse Solis em entrevista ao IDG!Now. Segundo ele, uma boa dica para as empresas que querem interagir com os consumidores nas redes sociais é concentrar esforços e recursos em redes de relevância, ou seja, aquelas em que sua presença realmente contribui com a comunidade. E ainda aconselha que os valores, finalidade e responsabilidade social, por exemplo, sejam trabalhados dentro e fora das redes sociais, inspirando atividades online e offline.

Na visão do especialista, as relações entre marcas e pessoas não criavam conexões como agora as redes permitem. O que ele chama de “last mille” é a tendência à socialização do negócio, com a consolidação de um outro “p” no famoso composto de marketing: as pessoas. Mas seria muito mais que conversação, e sim confiança. As Ciências Sociais estão na base da compreensão destas questões, porque tudo parte do indivíduo e dele em interação, construindo experienciações. “Mídias sociais é mais sobre Sociologia e Psicologia do que tecnologia”, arremata. Se hoje as pessoas são definidas por suas conexões, é bom lembrar que elas mudam de acordo com o tema, o que torna o cenário complexo. O conteúdo, assim, deixa de ser o rei para dar lugar ao contexto. Solis entende que o mapeamento de influência é uma parte fundamental do trabalho com marcas, e isto não significa ir atrás da popularidade, mas sim na capacidade de inspirar e encadear uma determinada opinião junto a vários interlocutores. É uma relação de compartilhamento e de desenvolvimento de capital social.

O marketing das redes sociais maneja com conceitos como influência, interação, ideação e inteligência, com a complexidade de ter uma nova dinâmica de comunicação onde os papéis dos interagentes altera-se e a relevância é algo a ser conquistado todo dia. Pior ainda que diversas pessoas (na ordem de 70% dos atuantes em redes) nunca interagem, apesar de manterem perfis nos canais, e assim fica mais difícil saber com quem se está tratando de fato. Ele recriou a sigla CEO, agora significando Chief Editor Office, em que o presidente passaria a ser um grande orquestrador de conteúdo e de contextos, envolvendo as pessoas certas e instaurando uma rede contextual de efetivos influenciadores. A partir daí, pode haver uma reação, sobremaneira porque as redes sociais envolvem um alto grau de emoção, com liberação de substâncias no corpo humano semelhantes ao que acontece na relação mãe e filho ou dono e animal de estimação. Empatia é chave na rede social, diz o palestrante, e só o merecimento durável de status faz diferença.

Há alguns indicadores sugeridos pelo consultor para monitorar a capacidade de ressonância de uma narrativa de marca e de consolidação da capilaridade e da influência: relevância, resiliência e significância. Mais do que repetição de algo em determinado canal e espaço de tempo limitado, a lógica das redes sociais envolve uma persistência maior e uma multipresença com postura de conversar um a um sempre que necessário. “Este é o momento de definir quem você é, qual seu capital social e como você inspira. É você que define a sua experiência e a sua influência e faz ou não diferença no mundo”, sentenciou Solis.

Na sequência da maratona de atividades do evento, organizado pela Now!Digital Business com o instigante tema “Ideias para um mundo em transformação”, não foi diferente: diversos profissionais brasileiros e estrangeiros parecem apostar cada vez mais em relacionamentos dialogados a longo prazo do que em seduções informativas passageiras. Basicamente, a indicação é que estratégias de comunicação utilizem as redes de relacionamento na web para obter o melhor resultado no gerenciamento das marcas. Pelo que se viu, a tentativa é derrubar os últimos paradigmas do velho mundo analógico da publicidade e do marketing e colocar em discussão o presente e o futuro da comunicação, considerando como cenário definitivo uma realidade totalmente conectada. Palestras de Clara Shih, autora do livro “The Facebook Era” e fundadora/CEO da Hearsay Labs, especializada em soluções de gestão e métricas corporativas em redes sociais; Andrea Harrison, vice-presidente da Razorfish, responsável pela divisão de Social Influence Marketing e especialista em inteligência competitiva sobre mídias sociais e mercados verticais; e Shiv Singh, diretor de marketing digital da Pepsico North America e autor do livro “Social Media for Dummies”, vão ser tratadas em textos complementares.

RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674

Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas (www.mundorp.com.br)

24 de agosto de 2010 Posted by | Uncategorized | , , , , , , , , , , | 1 Comentário